Sobre

 O pós-arquivo é um projeto da artista Mónica de Miranda,  de pesquisa que reflete questões de identidade, memória, diáspora e história em relação aos movimentos migratórios atuais e às paisagens urbanas da Europa ligadas a descolonização e aos movimentos de independência de África.  O projeto funciona como uma ferramenta crítica para investigar o valor heurístico da história, da herança cultural e das memórias  em relação a conceitos de espaço e lugar. Por meio de um programa multidisciplinar de pesquisa, o projeto inclui atividades como: seminários, conversas, performances e exposições. O projecto incentiva o desenvolvimento de uma pesquisa integrada ligada a uma prática artística, bem como de uma reflexão relacionada a temas de urbanismo, memória e identidade, investigando práticas e teorias relacionadas a espaços, lugares, paisagens e fronteiras ligadas à descolonização. O arquivo combina experiências factuais passadas com presentes contemporâneas e outras narrativas ficcionais. O arquivo, inclui a criação de uma plataforma web que reúne e compila documentos, vídeos, áudio e fotografia criados pela própria artista e em colaboração com outros artistas no estudo das realidades urbanas presentes e passadas na cidade de Lisboa e Luanda, Maputo e Praia.

Mónica de Miranda é uma artista portuguesa de origem angolana que vive e trabalha entre Lisboa e Luanda. Artista e investigadora, o seu trabalho é baseado em temas de arqueologia urbana e geografias pessoais. Trabalha de forma interdisciplinar com desenho, instalação, fotografia, filme, vídeo e som, nas suas formas expandidas e nas fronteiras entre a ficção e o documentário. Formada em Artes Visuais e Escultura pela Camberwell College of Arts (Londres) e doutorada em Estudos Artísticos pela  Middlesex University (Londres). Em 2019, foi nomeada para o prémio Novos artistas no Maat e em 2016 para o  Prémio Novo Banco Photo, expondo como uma das finalistas no Museu Coleção Berardo. Entre as suas  exposições destacam-se a participação nas exposições: Arquictectura e Fabricação, no MAAT em Lisboa (2019); Panorama, Banco Económico (Luanda,2019);Doublethink: Doublevision, Pera Museum (Istambul,2017); Daqui Pra Frente, Caixa Cultural (Rio de Janeiro e Brasília, 2017-2018);  Bienal de Fotografia Vila Franca de Xira (2017);  Dakar Bienal no Senegal (2016); Bienal de Casablanca(2016), Addis Foto Fest (2016); Encontros Fotográficos de Bamako ( 2015); MNAC (2015); 14ª Bienal de Arquitectura de Veneza (2014); Bienal São tomé e Principe(2013); Estado Do Mundo, Fundação Calouste Gulbenkian (2008). É uma das fundadoras do projeto Hangar (Centro de residências artísticas, Lisboa, 2014).

 

A sua obra está representada em várias colecções públicas e privadas, entre as quais: Calouste Gulbenkian, MNAC, MAAT, FAS e o Arquivo Municipal de Lisboa.