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O pós-arquivo é um projeto da artista Mónica de Miranda, de pesquisa que reflete questões de identidade, memória, diáspora e história em relação aos movimentos migratórios atuais e às paisagens urbanas da Europa ligadas a descolonização e aos movimentos de independência de África. O projeto funciona como uma ferramenta crítica para investigar o valor heurístico da história, da herança cultural e das memórias em relação a conceitos de espaço e lugar. Por meio de um programa multidisciplinar de pesquisa, o projeto inclui atividades como: seminários, conversas, performances e exposições. O projecto incentiva o desenvolvimento de uma pesquisa integrada ligada a uma prática artística, bem como de uma reflexão relacionada a temas de urbanismo, memória e identidade, investigando práticas e teorias relacionadas a espaços, lugares, paisagens e fronteiras ligadas à descolonização. O arquivo combina experiências factuais passadas com presentes contemporâneas e outras narrativas ficcionais. O arquivo, inclui a criação de uma plataforma web que reúne e compila documentos, vídeos, áudio e fotografia criados pela própria artista e em colaboração com outros artistas no estudo das realidades urbanas presentes e passadas na cidade de Lisboa e Luanda, Maputo e Praia.

 

Organização e coordenação científica: Mónica de Miranda.
Este projeto faz parte do projeto Pós-Arquivo: Política de Memória, Lugar e Identidade, CITCOM-CEC-FLUL
Este projecto foi produzido com financiamento nacional da FCT – Fundação para o Ciência e Tecnologia, IP, no âmbito do projeto UIDB / 00509/2020

 

Mónica de Miranda é uma artista, pesquisadora, curadora e diretora artística, cuja prática baseada na investigação aborda de forma crítica a convergência entre política, género, memória, espaço e história, através da arqueologia urbana e geografias afetivas. Trabalha de forma interdisciplinar com desenho, instalação, fotografia, cinema, vídeo e som, em suas formas expandidas e nas fronteiras entre ficção e documentário.

É investigadora principal do grupo de pesquisa “Pós-arquivo” no Centro de Estudos Comparatistas, Faculdade de Letras. Fundou em 2014 o projeto Hangar – Centro de Investigação Artística, em Lisboa, assumindo a direção artística do mesmo desde a sua constituição.

Como artista e co-curadora do projeto Greenhouse, Mónica representa o Pavilhão de Portugal na 60ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia As suas exposições incluem: RE/SISTERS (Barbican, 2023); Art Basel (Hong Kong, 2023); Construir o Tempo (Centro Cultural Camões, Luanda, Angola, 2022); Mirages and Deep Time (Galeria Avenida da Índia, Lisboa 2022); Berlin Biennale (2022); no longer with the memory but with its future (Oratorio di San Ludovico de Nuova Icona, Biennale de Veneza, Itália 2022); The Island (Autograph, Londres, 2022); Europa Oxalá (Fundação Gulbenkian, Lisboa, Mucem, França, 2022); Thinking about possible futures (Biennale del Sur, 2021); African Cosmologies, Houston Fotofest (2020); Tales from the water margins (BiennaleInternationale de l’Art Contemporain de Casablanca,2018); Taxidermy of the future(Bienal De Lubumbashi,2019); Arte Contemporânea Africana e Estética das Traduções (Bienal de Dakar, Senegal, 2016); Addis Foto Fest (Adis Abeba, Etiópia, 2016); Hotel Globo (Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal, 2015); Ilha de São Jorge (14a Bienal de Arquitetura de Veneza, Itália, 2014); Line Trap (Bienal de São Tomé e Príncipe, 2013). Foi curadora das exposições “Affective Utopia” (Kadist, Paris, França, 2019) e “Deep Blue”, no âmbito da Bienal de Fotografia do Porto 2023 (Triplex, Porto, Portugal, 2023).

Em 2019, foi nomeada para o Prémio EDP no Museu MAAT (Lisboa, Portugal) e, em 2016, foi nomeada para o Prémio de Fotografia Novo Banco, expondo no Museu Coleção Berardo (Lisboa, Portugal) como finalista. Ganhou o prémio Idealista para Arte Contemporânea em 2023, e é beneficiária da bolsa Open Society Arts Fellowship 2023 – Art, Land and Public Memory.